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Twilight (2008)

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Os filmes da minha adolescência foram maioritariamente slasher movies de extrema violência. Ainda assim já vou com 36 anos e ainda não matei ninguém. Não havia necessidade de proteger as criancinhas das influências satânicas da violência televisiva. A malta sabia que eram apenas filmes. Nos dias de hoje protegemos as nossas crias da nefasta influência da violência mostrando-lhes filmes de vampiros que brilham ao sol, mortos-vivos deprimidos crónicos com paralisia facial e cuja única carne humana que comem é pénis, normalmente de empurrão…

Uma das razões porque nunca falei de Twilight foi porque nunca o vi. É certo que nunca foi esse pormenor que me impediu de falar do que quer que fosse, mas neste caso tinha que ter um caso hermético. Mas criticar Twilight é como roubar doces a crianças. É uma tão débil desculpa para um filme que se denuncia sozinho. Tão parvinho, sonso e vazio como os próprios personagens. A actriz principal é a personificação do enjoo. O namorado dela um toxicodependente com paralisia facial, um andróide eunuco com a carisma de uma sandes de mista.

Bem, não adianta falar da falta crónica de qualidade que afecta este filme de ponta a ponta, porque todos os que o viram e já não acreditam no Pai Natal perceberam o embuste mediático que é este enorme contentor vazio. O que me fascina é a maneira como os putos todos mamaram isto como sendo quase um modo de vida, como este atestado de invalidez profissional veio influenciar a cultura teenager, ao ponto de os canais portugueses de TV fazerem clones sob a forma de novelas. As nossas crianças que se dizem tão exigentes consomem isto com um grau de avidez só ultrapassado pela sua própria ignorância.

Já que estamos neste grau de downgrade cultural absoluto proponho outro conceito: zombies para teenagers. zombies que não comem cérebros mas sim gelatina, e que grunhem em reuniões de estudantes numa escola secundária para se queixarem da fraca qualidade das aulas de Educação Visual. É perfeito porque podemos retirar completamente o sexo do argumento, pois se um zombie decide mandar uma foda cai-lhe a gaita.

Ou melhor ainda, pornografia para teenagers. Mas sem 0 acto sexual, sem a nudez e sem gangbangs. Só broche, fisting e dickslaping…


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