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Sucker Punch (2011)

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suckerpunch

Uma rebelião de patinhos de borracha humanizados que dança freneticamente ao som dos Bloc Party é barbaramente reprimido por uma força policial que usa, claramente, meios demasiado violentos para a situação. O que os polícias não sabem é que ao serem tocados por um patinho de borracha humanizado tornam-se também eles em felpudos e amarelinhos patinhos que dançam freneticamente ao som dos Bloc Party. Algum tempo depois apenas um pequeno grupo de sobreviventes resiste à transformação em patinho de borracha. Barricados na estação de serviço de Antuã, com os últimos pastéis de bacalhau comidos e atormentados por violentas crises de refluxo ácido conversam acerca da exorbitância incompreensível dos valores dos produtos nas auto-estradas. Quando uma rapariga loura, ar inteligente e mamas de invejável robustez se prepara para elucidar estes corajosos sobreviventes acerca da necessidade inflacionária de preços especulativos face às rendas pornográficas que as concessionárias cobram a honestos comerciantes para manter uma estação de serviço a funcionar, começa a ouvir-se ao longe Bloc Party. E enquanto o sol se põe, uma enorme mancha amarela começa a aproximar-se para aquela que será a batalha final pela última réstia de humanidade. Homem Vs Pato de borracha humanizado que dança freneticamente ao som dos Bloc Party. Som ensurdecedor, baixos poderosos que tremer as estruturas de betão. Gritos. Tensão lésbica. FADE OUT

Este texto acima seria a minha ideia para gastar 100 milhões de dólares num filme baseado num guião feito depois de lamber um sapo alucinogénico. Por isso quem sou eu para criticar Zack Snyder por ter juntado um bando de colegiais bissexuais de ar virginal que passam a vida aos pinotes, de mini-mini-saia, roçando as mamas e provocando sexualmente tudo o que se mexe enquanto chacinam samurais maléficos gigantes, combatem nazis numa Paris da Segunda Guerra Mundial usando robots gigantes, invadem castelos medievais povoados por hordas infindáveis de dragões sem que a lógica narrativa, a coerência ou a linearidade seja respeitada. Aliás, impregnado no chamado “estilo awesomeness” não precisa de mais nada do que gajas semi-nuas e uma orgia interminável de CGI cuja utilidade é a mesma de um saca-rolhas numa convenção de manetas.

Vi este filme num estado de perfeita apatia. O fogo de artifício em permanente estado de ebulição e a ausência total de fio condutor fez-me desconfiar que estava a ver uma gravação de um jogo de computador de outra pessoa. Introdução, nível, boss, próximo nível, boss, último nível, boss final, fim decepcionante, créditos finais com techno reciclado de bar gay moldavo.

Zack Snyder teve sucesso anterior e como tal devem-lhe ter dado luz verde para idealizar e criar um projecto à sua escolha. Isto sou eu a falar sem saber o que se passou, mas deve ter sido algo neste moldes. Imagino a reunião de apresentação aos decision makers do estúdio. E a cara de agonia e decepção quando Snyder apresenta o seu powerpoint com uns quadros de Hentai.

Dá uma nova dimensão ao termo “CGI Porn”. Faltou um polvo gigante que tortura as nobres donzelas com tentáculos nas respectivas vaginas e um ocasional tentáculo a fazer de massajador intestinal,  mas não se pode ter tudo.

Gajas seminuas:


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